lunes, 9 de junio de 2014

Uma criança tímida

Isabela, no alto dos seus 2 anos e quase 8 meses, é uma criança tímida... Simpática e extrovertida dentro de casa, não pára de falar nem por um minuto, mas quando estamos em locais públicos, ou em parquinhos com outras crianças, Isabela se sente um pouco intimidada, e geralmente corre para ficar perto de mim. Se eu a levo, ela até vai, mas se está sozinha e chega outra criança perto, nada feito... volta correndo para mim. E tem um "tique" que percebemos que é mexer a língua na boca quando está tímida.

Sabendo disso, respeitamos o seu modo de ser, e eu e papai sempre e a abrigamos nos braços quando ela vem correndo de volta, tomamos sua mãozinha, e vamos brincar juntos.

Mas nesse final de semana, duas ocasiões foram dignas de nota.

No sábado pela manhã fomos a um parque aqui de Ribeirão e no parque havia uma casinha de madeira. Ela que tanto gosta de casinhas, esperou que ficasse vazia para poder entrar. Quando ela estava lá dentro, se divertindo fingindo que era a casinha dos 3 porquinhos, um menino de aproximadamente 5 anos entrou. Quando ela já olhou desconfiada e começou a sair, eu corri para perto e comecei a brincar com os dois, fingindo ser o lobo mau e eles, os porquinhos. Entre gargalhadas dos dois, brincamos bons minutos. Depois de um tempo ele virou um dinossauro feroz e ela uma bailarina rodopiante. Ele grunhia como um dinossauro, e ela dava voltas como uma bailarina! Foi lindo ver os dois rindo e se divertindo, e principalmente interagindo, e a vontade de ter outro filho voltou.

Já no domingo no final da tarde, fomos ao teatrinho de sempre que há no Shopping Iguatemi, ali perto de casa. Chegamos, eu sentei no sofá meio afastado do "palco" e a Isa choramingou. Queria ficar mais perto, onde as crianças estavam sentadas. Para testá-la, eu disse que ela fosse sozinha. Ela hesitou, hesitou, choramingou mais um pouco e para minha grande surpresa... ela foi! Como se sentou mais afastada de todos e sozinha, fiquei com dó e me juntei a ela, e fomos mais para frente. E a partir daí, fiquei maravilhada com a interação da pequena com os atores. Ela respondia às perguntas deles, levantava o bracinho, gritava, cantava, batia palmas, embora ainda um pouco tímida. Mas a surpresa maior ainda estava por vir. A bailarina da história chama algumas crianças para ir lá na frente tocar um instrumento. Propositalmente, eu não disse nada. E ela de forma espontânea levantou o bracinho! A bailarina a chamou e ... ela foi! A bailarina perguntou o nome dela, e ela disse "Isabela" no microfone! Tocou o instrumento lá na frente com outras crianças, e depois voltou para perto de mim. Eu estava quase chorando! Pode parecer bobeira, algo comum, o que tem de mais que uma criança participe de uma peça teatral? Mas conhecendo a minha pequena, e conhecendo sua timidez, foi simplesmente o máximo vê-la ali, desgrudando da barra da minha saia, para ir brincar com pessoas que ela não conhece.

Que lindo é vê-la crescer!

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